terça-feira, 7 de agosto de 2007

Quem somos

Granja, ou Granja de Penedono, pertence e um pequeno e histórico concelho que, em plena Idade Média se chamava de "Pena (Castelo) de Dono", isto é, Castelo de Senhor. Castelo é imagem e palavra que facilmente lembram os montes altos da serra de Sírigo, donde os primeiros povoados organizados da época castreja, terão sido arrastados para as terras baixas, onde o ordenamento agrário romano impôs o seu regime de "villas". Granja fica às portas do famoso Castelo de Penedono, um penhasco fortificado que na Idade Média protegeu os repovoadores da região. Região que deve ter pertencido, no século X a D. Flâmula ou Chamôa Rodrigues, neta do conde D. Diogo Fernandes e D. Onega, pais da célebre Mumadona que fundou e dotou o mosteiro de Guimarães. Terras assoladas por muçulmanos e libertas por D. Fernando I, o Magno, e que foram repovoadas por D. Sancho I. Terras frias e boas para o centeio, a castanha, o linho, a criação de gado bovino, batatas e boa madeira. Ao concelho rural de Penedono pertenceu a Granja.
Uma antiga paróquia sob a protecção de S. Sebastião e dependente da igreja matriz de S. Salvador de Penedono, mas cujo núcleo inicial deverá ter estado precisamente no Monte Airoso, um maciço à cota média dos 950 metros, rodeado por uma muralha castreja do Bronze Final. Aí se encontraram vestígios de cerâmica variada, relativamente original, vários utensílios em bronze (foice, punhais e anéis), mós dormentes e um fragmento de machado de pedra polida. Sabe-se como este "habitat" demasiado bélico e primitivo não agradou aos romanos, certamente interessados não só em instalar as suas "villas" agrícolas em terrenos mais baixos, mais férteis e melhor controláveis, como também em explorar a riqueza mineral (ouro) que certamente exploraram nas proximidades, ali onde estão as chamadas minas de Santo António.

0 comentários: